Juliano Heyse
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e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito 1 Tm 3:4
alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Tt 1:6
Introdução
Pode parecer estranho que tenhamos agrupado os textos de Tito e Timóteo
em uma única qualificação, já que a epístola a Tito, na maioria das
versões em português (a Almeida Revista e Corrigida é uma exceção),
parece exigir que o presbítero tenha filhos crentes. Isso seria uma
outra qualificação, diferente de "filhos sob disciplina". Entretanto,
consideramos que os textos são paralelos entre si e que a Escritura
interpreta a Escritura. O adjetivo pistas, pode ser traduzido
como crentes ou como fiéis. O grego não ajuda em nada aqui. Mas o
cruzamento dos dois textos indica que a interpretação correta é a
segunda. Para uma discussão mais elaborada desse ponto veja o artigo de Justin Taylor publicado..
A maioria dos comentaristas não fez essa conexão e acabou com a incômoda
situação em que os presbíteros de Creta (da carta a Tito) precisavam
ter filhos crentes, mas os de Éfeso(da carta a Timóteo) não precisavam.
Faltou dar uma atenção à Bíblia como um todo na hora de fazer a exegese.
John Gill viu, com razão, o problema teológico da participação humana
na salvação. Um prato cheio para o pensamento arminiano, mas
completamente inadequado na teologia reformada. A possível
interpretação, aventada por MacArthur (um dos poucos que percebeu o
problema) é, no mínimo curiosa, e fica a dúvida de onde ele tirou essa
interpretação? Veja abaixo.
Grego
- Em 1 Timóteo - disciplina - υποταγη - hupotage; respeito - υποταγη - semnotes
- Em Tito - crentes - πιστοζ - pistos; acusados - κατηγορια - kategoria; dissolução - ασωτια - asotia; insubordinados - ανυποτακτοζ - anupotaktos
Strongs - (Tm) disciplina - ato de sujeitar,
obediência, sujeição; respeito - característica de algo ou pessoa que dá
o direito à reverência e respeito, dignidade, majestade, santidade /
(Tt) crentes - verdadeiro, fiel, de pessoas que mostram-se fiéis na
transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de
obrigações oficiais, aquilo que em que se pode confiar, que crê, que
confia; dissolução - vida dissoluta, descontrolada, desperdício,
prodigalidade ; insubordinados - não submisso, que não pode se sujeitado
ao controle, desobediente, insubordinado, teimoso.
Rienecker e Rogers - (Tm) sob disciplina -
submissão; respeito - dignidade / (Tt) acusados - acusação; dissolução -
incapaz de guardar dinheiro, alguém que desperdiça seu dinheiro,
especialmente com a implicação de fazê-lo em prazeres, arruinando, desse
modo, a si mesmo, vida luxuriosa, extravagante, dissolução.
Outras Versões
Outras traduções do mesmo termo em português:
(ARA) | (Tm) criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito / (Tt) que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados |
(NVI) | (Tm) tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade / (Tt) tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão. |
(ARC) | (Tm) tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia / (Tt) que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. |
(NTLH) | (Tm) saber educar os seus filhos de maneira que eles lhe obedeçam com todo o respeito / (Tt) os seus filhos devem ser cristãos e não ter fama de maus ou desobedientes |
(TB) | (Tm) tendo seus filhos em sujeição com todo o respeito / (Tt) tendo filhos crentes que não são acusados de dissolução nem são insubordinados |
Comentários
Broadman - O comportamento dos seus filhos
fornecem um instrutivo teste, ou seja, se eles são submissos e
respeitosos de todas as formas. Antigos códigos cristãos de conduta
ensinavam a submissão e obediência dos filhos (cf. Cl 3:20; Ef 6:1ss.).
Mas Paulo não advoga a intimidação como meio para mantê-los na linha.
Ele instrui os pais a não provocarem seus filhos, "para que não fiquem
desanimados" (Cl 3:21). Disciplina na família é construída sobre o amor
ágape. Assim também é com a disciplina na igreja.
D. A. Carson - Isso significa que os filhos de um
presbítero devem ser cristãos devotos? Há uma passagem no segundo
parágrafo que eu li no começo desta palestra (veja Tito 1:6-9) que é
usada algumas vezes para apoiar essa visão. Eu penso que a tradução da
NVI é ruim. A NVI traduz Tito 1:6 como "É preciso que o presbítero seja
irrepreensível, marido de uma só mulher e tenha filhos crentes que não
sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão". Isso significa que os
filhos de todo líder devem ser cristãos? E se você responder que sim,
então a partir de que idade? Dois? Cinco? Dezessete? Na realidade, o
termo particular que é usado aqui, "tem que acreditar", é um adjetivo
que em muitos lugares é traduzido como "deve ser fiel". E na verdade, em
listas de virtudes sociais do primeiro século, onde são arroladas
características morais, a palavra sempre tem essa força. Eu penso que o
que o texto está dizendo não é que as crianças devem ser salvas - afinal
de contas, graça não é algo que corre nos genes - mas que ao fim do
dia, elas devem ser fiéis, não indomáveis ou profundamente
desobedientes.
O versículo não significa que os filhos dos ministros são perfeitos e
sem pecado. Não significa que eles não podem fazer algumas coisas bem
estúpidas e imorais. A verdadeira pergunta é, como a família está sendo
conduzida? Que tipo de disciplina é imposta? Que tipo de encorajamento
ocorre lá? E como essas forças se refletem no caráter, na fidelidade,
das crianças? Certamente o texto não significa que quando os filhos
deixaram a casa e se tornaram adultos e estão fora da esfera de
autoridade de seus pais - quando eles não tem mais nenhum controle sobre
os filhos - que todos eles devam ser crentes fortes e admiráveis, com
nada de publicamente errado com suas vidas, ou então seu pai será
desqualificado para o ministério vocacional. Até mesmo enquanto eles
ainda são crianças e vivendo na casa dele, o que é exigido não é nem
conversão, nem perfeição, mas o tipo de disciplina paterna que produz
crianças "fiéis". Deve haver algo daquele pouco encontrado dom, o bom
senso cristão, e graça, tato, disciplina e encorajamento, e às vezes um
puxão de orelha e outras vezes talvez uma administração da "vara da
educação" e do "assento do aprender", isso produz filhos "fiéis". Tal
combinação entre moldar e disciplinar é importante porque isso também é
requerido na liderança da igreja. Se você não é capaz de fazer isso em
casa certamente não pode fazê-lo na igreja. Se ficar óbvio que o homem
perdeu o controle dos seus filhos dependentes completamente; se as
crianças têm treze anos e são os terrores do bairro; o homem é
desqualificado para o ministério público na igreja. Isso é o que o texto
diz.
Jamieson, Fausset e Brown - tendo filhos fiéis, ou seja, filhos crentes. Aquele que não pode trazer seus filhos à fé, como poderá trazer outros?
João Calvino - (Tm) criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito.
O apóstolo não recomenda um homem inteligente e profundamente
qualificado em assuntos domésticos, mas um que aprendeu a governar a
família através de saudável disciplina. Ele fala principalmente de
filhos, de quem se espera que possuam a disposição natural de seu pai; e
portanto será uma grande desgraça para um bispo, se ele tem filhos que
levam uma vida má e escandalosa. Sobre esposas, ele falará depois; mas
no momento, como eu disse, ele olha para a parte mais importante de uma
casa. Na epístola a Tito (Tt 1:6) ele mostra qual é significado da
palavra reverência; porque, depois de ter dito que os filhos de um bispo
não devem ser incontroláveis e desobedientes, ele acrescenta da mesma
forma: "não são acusados de dissolução, nem são insubordinados". Ele
quer dizer então, em uma palavra, que os padrões de conduta deles devem
ser regidos por toda a pureza, modéstia e seriedade.
(Tt) que tenha filhos crentes. Já que é requerido de um pastor
que tenha prudência e seriedade, é apropriado que essas qualidades sejam
exibidas na sua família; porque como poderá o homem que não consegue
governar sua própria casa, governar a igreja? Além disso, não só o
próprio bispo deve ser livre de repreensão, mas sua família inteira
deveria ser um tipo de espelho de disciplina pura e honrada; por isso,
na Primeira Epístola a Timóteo, ele não menos estritamente orienta as
esposas quanto ao que elas deveriam ser. Primeiro, ele exige que as
crianças sejam "crentes"; de onde é óbvio que eles foram educados na sã
doutrina da piedade, e no temor do Senhor. Em segundo lugar, que eles
não fossem apegados ao luxo, que eles fossem conhecidos por terem sido
educados na temperança e frugalidade. Em terceiro lugar, que eles não
fossem desobedientes; porque aquele que não pode obter de seus filhos
qualquer reverência ou sujeição, dificilmente será capaz de conter o
povo pela rédea de disciplina.
John Gill - (Tm) Mantendo um bom decoro em sua
família; exigindo que seus filhos observem suas ordens, e especialmente
os mandamentos da Palavra de Deus; e não como Eli, que não usou sua
autoridade, ou impôs suas ordens sobre seus filhos, nem restringiu-os do
mal, ou severamente censurou-os por seus pecados, mas negligenciou-os, e
foi muito manso e gentil com eles (1 Sm 2:23; 3:13) mas como Abraão,
que não apenas ensinou, mas liderou seus filhos e sua casa, para que se
mantivessem nos caminhos do Senhor (Gn 18:19) e assim devem agir aqueles
que ocupam um ofício como este que é descrito aqui; e eles não devem
apenas governar bem suas famílias, presidir sobre elas, tomar a frente
delas, e ser exemplo para elas, e manter seus filhos em obediência e
sujeição; mas isso tudo deve ser feito "com todo respeito": não apenas
no chefe da família, mas nos filhos; que como é seu pai, ou pelo menos
deveria ser, deveriam ser criados e estar acostumados com seriedade nas
palavras e nas vestimentas; e em toda sua conduta e conversação. Deve-se
observar que isso vai contra os papistas, que proíbem o casamento aos
ministros do Evangelho.
(Tt) Tendo filhos fiéis; filhos legítimos, nascidos no casamento
legítimo, no mesmo sentido que eles são chamados piedosos e santos em Ml
2:15 e 1 Co 7:14 porque por filhos fiéis ele não pode estar se
referindo a filhos convertidos, ou verdadeiros crentes em Cristo; porque
não está no poder do homem fazer seus filhos tornarem-se convertidos; e
eles não serem não pode ser uma objeção a eles se tornarem presbíteros,
se de outra forma estão qualificados; a frase pode significar, no
máximo, que eles devem ter sido criados na fé, nos princípios, doutrinas
e caminhos do cristianismo, ou na disciplina e na admoestação do
Senhor.
Não acusados de dissolução; ou não passíveis de acusação de pecados de impureza e intemperança, de arrumar confusão e bebedice, impudicícia e dissolução; ou daqueles crimes que os filhos de Eli eram culpados, dos quais eles não eram restringidos por seus pais, e por isso o sacerdócio foi removido da família; ou incontroláveis, não sujeitos, mas desobedientes aos seus pais.
John MacArthur - (Tm) "Submissão" - um termo
militar referindo-se a soldados enfileirados sob a autoridade de alguém.
Os filhos de um presbítero devem ser crentes (veja nota em "fiéis" em
Tito 1:6), bem comportadas e respeitáveis. (Tt) "Fiéis" - "fiéis" sempre
é usado no Novo Testamento para crentes e nunca para descrentes,
portanto, refere-se aqui que possuem fé salvífica em Cristo e a
demonstram em sua conduta. Como 1 Timóteo 3:4 requer os filhos a estarem
em submissão, pode estar sendo dirigido a filhos pequenos em casa,
enquanto este texto aponta para os que já são mais velhos. "não são
acusados de dissolução, nem são insubordinados" - dissolução significa
libertinagem, sugerindo novamente, que a referência é a filhos
crescidos. Insubordinação contém a idéia de rebelião ao Evangelho. Aqui,
o presbítero demonstra a sua habilidade de conduzir sua família à
salvação e santificação (veja 1 Tm 3:4,5) um pré-requisito essencial
para liderar a igreja.
Matthew Henry - (Tm) Pastores devem ter seus
filhos em sujeição; então é dever dos filhos de pastores submeterem-se
às ordens que lhes são dadas - com todo o respeito. O melhor modo de
manter subalternos em sujeição, é ser sério com eles. Não tendo seus
filhos em sujeição com toda a severidade, mas com toda a seriedade.
(Tt) E, quanto aos filhos dele, tendo filhos fiéis, obedientes e bons,
criados na verdadeira fé cristã e vivendo de acordo com ela, pelo menos
até onde o empenho dos pais pode ajudar. É para a honra dos ministros
que os seus filhos sejam fiéis e piedosos, como convém à religião deles.
Não acusados de baderna, nem incontroláveis, não acusados disso com
justiça, como tendo dado espaço e ocasião para isso, porque caso
contrário o mais inocente pode ser acusado falsamente dessa forma; eles
devem cuidar, portanto, para que não haja nenhuma razão para tal
censura. Filhos tão fiéis, obedientes e moderados, serão um bom sinal de
fidelidade e diligência no pai que os educou e instruiu assim; e, pelo
menos diante da fidelidade dele, pode haver encorajamento para
comissioná-lo a algo maior, a direção e governo da igreja de Deus.
New American Commentary - (Tm) Para que o pai
trate de fazer com que seus filhos o obedeçam não há necessidade de
força excessiva ou severidade. Exige primariamente um caráter e tipo de
disciplina que desenvolve um respeito natural. (...) A tradução da NVI
trata a frase "com todo respeito" como uma descrição da forma da
obediência dos filhos. É melhor traduzir o termo "respeito" com a
palavra "seriedade" e usá-la como uma descrição da forma da disciplina
do bispo sobre seus filhos. A tradução de Williams apresenta a idéia de
que ele "administra bem a própria casa, com perfeita seriedade e mantém
seus filhos sob controle". A passagem assume que o líder seja casado mas
não exige que seja. Não exige que o líder casado tenha filhos. Se ele
tiver, elas devem ser crianças obedientes que refletem uma hábil mistura
de autoridade e compaixão no treinamento delas.
(Tt) O segundo aspecto da vida da família do potencial presbítero diz
respeito aos seus filhos, especificamente a sua fé e conduta pessoal.
Paulo declarou que o presbítero deveria ser alguém que "tenha filhos
crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados". As
qualificações relativas aos filhos do presbítero em Tito 1:6 e 1 Tim 3:4
são semelhantes já que ambos requerem que os filhos sejam bem
comportados e obedientes. Entretanto, a adição de "filhos crentes" em
Tito faz esta condição ainda mais estrita. Esta exigência adicional de
que o presbítero é capaz de influenciar os seus próprios filhos para
tornarem-se cristãos demonstra a convicção de Paulo de que a liderança
espiritual efetiva em casa sugere a probabilidade de liderança
espiritual efetiva na igreja. O ancião não só deve ser um bom pai como
pode ser visto refletido no comportamento dos seus filhos, mas ele
também deve ser um pai espiritual como refletido no compromisso
espiritual dos filhos dele.
William MacDonald - (Tm) Essa qualificação se
aplica aos filhos que moram em casa. Depois que eles saem e começam a
formar a própria família, a oportunidade de demonstrar essa disciplina,
ou sujeição, segundo outras versões (NVI), não é a mesma. Se o homem
governa bem a própria casa, evitará os extremos, ou seja, o rigor
exagerado e a mansidão sem justiça.
(Tt) Mais do que a maioria de nós queira admitir, a Bíblia torna os pais
responsáveis pela maneira de seus filhos se comportarem (Pv 22:6).
Quando uma família é bem governada e bem instruída na Palavra de Deus,
os filhos geralmente seguem o exemplo piedoso dos pais. Embora não possa
determinar a salvação de seus filhos, o pai pode preparar o caminho do
Senhor pela instrução categórica na palavra, pela disciplina com amor e
evitando a hipocrisia e a inconsistência na própria vida.
Se os filhos são esbanjadores e rebeldes contra a autoridade paterna, as Escrituras atribuem a responsabilidade ao pai. A culpa é de sua indulgência e permissividade. Se ele não pode governar bem a própria família, é improvável que venha a ser um presbítero adequado, uma vez que se aplicam os mesmos princípios nos dois casos (1 Tm 3:5).
Há uma dúvida sobre se essa exigência referente aos filhos crentes se aplica somente aos que estão em casa sob a autoridade paterna ou se inclui os que já saíram de casa. Somos partidários do primeiro ponto de vista, lembrando, contudo, que a formação dada no lar é uma das principais determinantes do caráter definitivo.
Conclusão
Portanto, o presbítero tem filhos sob disciplina. Ele é alguém que tem
autoridade na sua casa. Autoridade verdadeira, advinda do governo com
amor. Os filhos são obedientes, respeitosos, bem comportados, ajuizados.
Se são crentes ou não é algo que homem nenhum pode determinar (Jo
1:12,13). O certo é que devem ter sido criadas como crentes, "na
disciplina e admoestação do Senhor" (Ef 6:4). O novo nascimento é algo
que só o Senhor pode dar. A interpretação de Jamieson, Fausset e Brown
chega a assustar: "aquele que não pode trazer seus filhos à fé, como
poderá trazer outros?".
De qualquer forma, há muito para se observar nos filhos do potencial
presbítero. Não creio que isso esteja sendo levado suficientemente a
sério. Há um número grande de adjetivos positivos e negativos que devem
ser checados nas vidas dos filhos do presbítero. E isso pode não estar
sendo feito nesses dias de grande omissão dos pais na educação dos
filhos. Fica a dúvida quanto a homens que não tem filhos (casal é
estéril) e quanto ao fato dos filhos estarem ou não morando em casa
ainda. Deve-se avaliar um homem de 40 anos como filho para verificar a
possibilidade ou não do pai de 65 ser presbítero? Essa é uma pergunta
bem interessante. Minha impressão é a mesma de MacDonald: só se avalia
os filhos que estão em casa, sob a autoridade do pai.
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