31 de agosto de 2013

Artigos - Qualificações dos Presbíteros: Marido De Uma Só Mulher

Qualificações dos Presbíteros: Marido De Uma Só Mulher

Juliano Heyse

[ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ 10ª ] [ 11ª ] [ 12ª ] [ 13ª ] [ 14ª ] [ 15ª ] [ 16ª ] [ 17ª ] [ 18ª ] [ 19ª ] [ 20ª ] [ 21ª ] [ 22ª Final ]

É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher... 1 Tm 3:2

alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher... Tt 1:6-7

Introdução

Esta qualificação é uma das mais polêmicas. Desde os primórdios da igreja os exegetas tentam descobrir exatamente o que Paulo quer dizer com o seu "marido de uma só mulher". A qualificação aparece nas duas listas. Vamos aos comentários. É importante observar que pode-se tirar um ensinamento baseado na soma dos comentários. A maioria deles vai para direções semelhantes, sendo que talvez o de Jamieson, Fausset e Brown seja o que mais saia do padrão dos outros e o de MacArthur seja o mais interessante e surpreendente. Mas veja por você mesmo. Coloquei em negrito as afirmações que mais resumem a posição do comentarista, portanto todos os grifos são meus.

Os comentários foram listados em ordem alfabética.

Grego
  • Em 1 Timóteo μιαζ γυναικοζ ανδρα - mias ginaikos andra
Strongs - (não trabalha com expressões)

Rienecker e Rogers – "marido de uma mulher". A frase difícil significa provavelmente que ele tem apenas uma esposa de cada vez.
  • Em Tito μιαζ γυναικοζ ανηρ - mias ginaikos aner  
Strongs - (não trabalha com expressões)

Rienecker e Rogers – (-)  

Comentários


Broadman - O que exatamente isso significa permanece em disputa. Cinco interpretações têm sido sugeridas: (1) Fiel à sua única esposa; (2) casado com uma esposa de cada vez, isto é, monógamo; (3) casado só uma vez, isto é, não recasado depois de um divórcio ou a morte da esposa; (4) nunca divorciado e (5) necessariamente casado. Apesar de Paulo ter se oposto àqueles que proibiam o casamento, a última opção contradiria seus pontos de vista em 1 Coríntios 7 onde ele desencoraja o casamento "por causa da angustiosa situação presente". A antiga tradição contrária ao novo casamento tenderia a favorecer o terceiro ponto de vista, mas o encorajamento dado a Paulo ao segundo casamento de viúvas em 5:14 depõe contra. A natureza genérica das instruções faz com que o primeiro ou o segundo pontos de vista sejam os mais prováveis. Poligamia tanto entre os judeus como entre os gentios era extremamente comum; infidelidade no casamento era quase que um hábito pagão. Paulo insiste em fidelidade ao laço matrimonial. 

D. A. Carson - Em alguns aspectos essa é a mais difícil ou disputada qualificação da lista. Ela tem sido interpretada de diversas formas. Alguns pensam que significa que este homem deve ser casado - que ele deve ser um marido. Essa interpretação é altamente improvável. Está claro que Paulo não era casado, pelo menos naquele momento da vida dele, e certamente o Senhor Jesus nunca foi casado. Em 1 Coríntios 7, Paulo reconhece que há certas vantagens em ser solteiro no ministério. (...) Assim há vantagens em ser solteiro no ministério, e a condição de solteiro não deveria ser menosprezada. É altamente improvável que esse texto, então, estipule que um presbítero tenha que ser casado.  

Algumas pessoas acham que esse verso sugere que o presbítero / pastor / bispo é proibido de casar-se novamente, se, por exemplo, sua primeira esposa falecer: ele deve ser o marido de só uma esposa, diria essa interpretação, não importa quanto tempo ele ou ela vivam. Mais uma vez, isso também é improvável. Em Romanos 7, Paulo insiste que não há nada desonroso em casar-se novamente, casando-se com um cônjuge cristão, depois que o primeiro faleceu. Certamente ele não dá nenhuma indicação de que tal passo é inconcebível no caso de um presbítero. 

Alguns acreditam que esse verso ensina que um ancião não pode ser um divorciado que recasou. A Bíblia certamente adverte de várias formas contra o divórcio. Mas também é muito importante não fazer do divórcio o pior pecado no horizonte, o pecado imperdoável, o pecado contra o Espírito santo. Alguns tentaram impor uma proibição contra qualquer um que já tenha estado divorciado em algum momento da sua vida de tornar-se ministro do evangelho. Assim, ele poderia ter sido um assassino, e então pago a dívida dele à sociedade, saído da prisão e ter sido convertido e ter se tornado um ministro do evangelho. Mas se ele já esteve divorciado, ele não pode entrar no ministério - o que de alguma forma projeta uma imagem do divórcio como sendo o pecado imperdoável. O ponto em que o divórcio desqualifica uma pessoa para o ministério, me parece, está ligado a uma categoria que nós já discutimos: "um presbítero deve ser irrepreensível". É algo ligado à credibilidade; ou, ainda, um pouco mais adiante, "ele deve governar bem sua própria casa." Há uma preocupação quanto a alguém cuja vida rachou no seu matrimônio, e então, três meses depois, sente-se qualificado para estar de volta ao ministério. Mas alguém diria que ele se arrependeu, afinal de contas, e o evangelho é sempre algo relacionado ao perdão, não é? A Bíblia claramente tem algo mais severo a dizer do que isso. Divórcio não é o pecado maior, nem é o pecado imperdoável, contudo pode desqualificar uma pessoa para o ministério precisamente pelo tanto que destrói da credibilidade dela. Há mais que eu poderia dizer, mas o divórcio simplesmente não é o tema dessa qualificação.

Algumas pessoas interpretam esse versículo de forma que ele signifique que um ancião não deve ser um polígamo; ou seja, não pode ser alguém que se casa com duas ou mais esposas. As pessoas contestam essa interpretação dizendo que ninguém na igreja cristã teria se casado com duas ou três esposas; assim por que isso deveria ser estipulado? Além disso, se discute que no primeiro século a poligamia não era algo tão comum. Por que então estabelecer essa restrição particular? Entretanto, pode ser mostrado que havia mais poligamia no primeiro século do que algumas pessoas pensam, especialmente nas classes sociais em que as pessoas se sentiam acima da regra comum. Herodes o Grande teve dez esposas. Bem, ele não as teve todas de uma vez porque ele assassinou duas delas, mas ele teve várias ao mesmo tempo. (...) Mas na igreja, é o contrário: poligamia o desqualifica para a liderança.  

(...) Até onde vai o assunto de que Paulo trata aqui - o tema da poligamia - os polígamos estão simplesmente excluídos. Uma das razões é que, na Bíblia, o casamento é apresentado não só como uma instituição social, mas como um modelo, um "tipo", da relação entre o Cristo e a "sua noiva", a igreja - e Cristo não tem muitas noivas, muitas igrejas. O matrimônio é um tipo da relação entre Cristo e o seu povo, a igreja. Assim há algo a ser modelado a respeito de Cristo e da igreja, pelo marido e pela esposa, e assim por uma estrutura de matrimônio não só caracterizada por fidelidade e integridade, mas também pela monogamia. De qualquer forma, Paulo exclui o polígamo da possibilidade de ser pastor / bispo / presbítero. 

Jamieson, Fausset e Brown - refutando o celibato do sacerdócio romano. Apesar dos judeus praticarem poligamia, ele está escrevendo para uma igreja gentílica, e como a poligamia nunca foi permitida nem mesmo entre leigos na igreja, a antiga interpretação que a proibição aqui é contra a poligamia em um candidato a bispo não está correta. Deve, portanto, significar que, mesmo que leigos possam se casar novamente de forma legítima, seria melhor que candidatos ao episcopado ou presbitério fossem casados somente uma vez. Como em 1 Tm 5:9, "esposa de um só marido", implica em uma mulher casada uma única vez; portanto "marido de uma só mulher" aqui deve significar a mesma coisa. O sentimento que prevalecia entre os gentios, bem como entre os judeus (compare com Ana em Lc 2:36-37), contrário a um segundo casamento, teria feito com que Paulo, baseado na conveniência e conciliação em coisas indiferentes e que não envolvessem o comprometimento de um princípio, colocasse uma proibição no caso daqueles que ocupassem uma posição tão proeminente como bispo e diácono. (...) O concilio de Laodicéia e os cânones apostólicos desaprovavam segundos casamentos, especialmente em caso de candidatos à ordenação. É claro que, como o segundo casamento era legítimo, o seu caráter indesejável só se sustenta sob circunstâncias especiais. Está implícito aqui também, que aquele que tem uma esposa e uma família virtuosa é preferível a um solteiro; porque aquele que está obrigado a desempenhar os deveres domésticos mencionados aqui, tem uma probabilidade maior de ser mais atraente para aqueles que têm compromissos semelhantes, porque ele os ensina não só por preceito, mas também pelo exemplo (1 Tm 3:4,5). Os judeus ensinam que um sacerdote não deve ser nem não casado, nem sem filhos, para que não seja inclemente [BENGEL]. Portanto, na sinagoga, "ninguém deve apresentar uma oração em público, a não ser que seja casado"[em Colbo, cap. 65; VITRINGA, Sinagoga e Templo].  

João Calvino - (...) Uma das exposições mais aceitas é de que aquele que é aceito para este ofício não deve ser alguém casado mais de uma vez, depois que a primeira esposa falece. Mas tanto aqui como em Tito 1:6, as palavras do apóstolo são "seja" e não "tenha sido". E nesta mesma epístola, quando ele fala de viúvas, (1 Tm 5:10), ele expressamente utiliza o tempo passado. Além disso, dessa forma ele contradiria a si mesmo; porque em outro ponto ele diz que não pretendia enredar as consciências.

Artigos - Qualificações dos Presbíteros: Irrepreensível

Qualificações dos Presbíteros: Irrepreensível

Juliano Heyse

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É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível... 1 Tm 3:2

Alguém que seja irrepreensível ... Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível... Tt 1:6-7

Introdução

Começamos aqui uma série que visa compilar diversas fontes de informação sobre as qualificações de presbíteros enumeradas em 1 Tm 3:1-7 e Tt 1:5-9. Começamos com a informação léxica do grego e depois citamos o conteúdo de diversos comentários. Ao final, pretendemos tirar algumas conclusões pessoais.

Os comentários foram listados em ordem alfabética.

Grego
  • Em 1 Timóteo ανεπιληπτοζ - anepileptos
Strongs - que não pode ser repreendido, não censurável, irrepreensível  


Rienecker e Rogers –Impassível de ser preso, irrepreensível, além de reprovação. A palavra não implica somente que o homem deve ter boa fama, mas que ele é assim reservadamente.
  •  Em Tito ανεγκλητοζ anegkletos 
Strongs - que não pode ser julgado, irreprovável, não acusado, irrepreensível

Rienecker e Rogers – sem acusação, irrepreensível. 

Comentários

Broadman - A tradução da Revised Standard Version – "acima de qualquer censura" - parece muito forte. Easton traduziu "não acusável de má conduta". Paulo quer dizer que, dentro e fora da igreja, ele deve ter uma boa reputação.  

D. A. Carson - de certa forma, inculpáveis. Isso não significa que essa pessoa é perfeitamente sem pecado; há muito na Bíblia contrariando esse tipo de expectativa. O que isso significa é que não há nenhuma inconsistência ou falta óbvia que todo o mundo concorda que esta lá e serve como uma repreensão àquele homem. 

Jamieson, Fausset e Brown - não dando nenhuma causa justa para acusação.  

João Calvino - Ele não pode estar marcado por nenhuma infâmia que enfraqueceria sua autoridade. Não há ninguém entre os homens que esteja livre de todo defeito. Mas uma coisa é ser marcado por um defeito comum, que não causa dano à reputação, porque são encontrados em homens de excelência, e outra coisa bem diferente é ter um nome deplorável ou estar manchado por alguma baixeza. Portanto, para que um bispo não fique sem autoridade, Paulo impõe que seja selecionado alguém que tenha uma boa e honrosa reputação, e que não possa ser acusado de nenhum defeito fora do comum. 

Artigos - O Dízimo e a Igreja (Estudo)

por Jefferson Pontes, discípulo de Cristo

Introdução

Porque damos o dízimo? Qual é base bíblica para o cristão dar o dízimo? Seria Mateus 23:23, Hebreus 7, ou a Lei de Moisés, ou o dízimo de Abraão? Esses são os textos ou argumentos normalmente usados no que se refere a prática do dízimo, sem esquecer o destacado Malaquias 3:10. Pretendo estudar todos estes textos e outras questões mais.

Inicialmente, coloco que sou a favor da contribuição do cristão para a obra de Deus, não como uma imposição baseada no medo de uma maldição ou do “devorador”, mas baseada num espírito voluntário e com o sentimento de privilégio em participar da obra do Senhor. Se o cristão não tem este coração solidário e generoso, se não tem prazer em contribuir para a instrumentalização do Reino, se não há o sentimento de participar com alegria... é melhor reavaliar sua conversão, pois o Espírito Santo guia os filhos de Deus (Rm 8:14), pois os que são nascidos de Deus amam a verdade e seguem a justiça (1 João 1:6; 2:29), nós amamos porque Ele nos amou primeiro (1 João 4:19).

Entendo que os cristãos não estão debaixo da obrigatoriedade de um “piso mínimo” de contribuição financeira (o chamado “dízimo). Acredito que a prática do dízimo foi instituída para um tempo onde os homens não eram guiados pelo Espírito, hoje somos despenseiros e mordomos (1 Pedro 4:10; Tito 1:7), portanto, tudo o que temos devem ser investido na obra do Senhor – tempo, dinheiro, família, trabalho, estudo, vida... tudo. O cristão não deve se prender a 10%, mas buscar contribuir com 100% em tudo., sempre com alegria, voluntariedade, generosidade, compromisso com o Reino e amor.

Acredito que os que se acham obrigados pelo dízimo não pecam com isso, mas continuam debaixo de uma pratica legalista, continuam carregando um “fardo”.

Outro ponto que é essencial consiste em termos em mente que o o “sistema” que existe no Antigo Testamento é muito diferente daquele apresentado no Novo. Em ambos a centralidade é a pessoa de Jesus Cristo. Nas palavras do Pr. Ariovaldo Ramos o Antigo tinha um propósito na história para o bem da humanidade; e o Novo tem um propósito na humanidade para o bem da história. O Antigo é a revelação de uma história de preparação para a vinda do Messias; mas o Novo é consumação da Sua encarnação. A revelação do Antigo para o Novo segue um desenvolvimento progressivo, tanto é que no Novo é derramado o Espírito Santo. Se o Novo possuiu uma revelação “mais profunda e mais completa”, o Antigo estava limitado ao seu tempo. Por isso, no Antigo havia a sistemática religiosa da bênção/maldição = se fores fiel tereis o melhor da terra, do contrário, o inimigo te consumirá. No Novo, a bênção é ser transformado à imagem de Cristo. Enfim, sem me alongar, não podemos ler o Antigo Testamento sem ter a lente da Graça de Cristo, lembrando que a nossa lei é o amor !!!

Abaixo apresento, de forma clara e objetiva, os fundamentos de minha opinião. Por favor, seja honesto com o princípio da Sola Scriptura e leia o texto. Pelo menos leia e tire suas próprias conclusões. E, aceito comentários discordantes, afinal não somos infalíveis e nem inerrantes na interpretação, apenas peço que os comentários sejam fundamentados e racionais, sem especulações infundadas.

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O Dízimo e a Igreja

28 de agosto de 2013

Artigos - 9 Marcas De Uma Igreja Saudável - Marca 9

Marca 9 - Liderança Bíblica na Igreja

Mark Dever

[ Marca 1 ] [ Marca 2 ] [ Marca 3 ] [ Marca 4 ] [ Marca 5 ] [ Marca 6 ] [ Marca 7 ] [ Marca 8 ] [ Marca 9 ]

Que tipo de liderança uma igreja saudável possui? Uma congregação, comprometida com Cristo, preparada para servir? Sim. Diáconos que são modelos de serviço nos assuntos da igreja? Sim. Um pastor que é fiel na pregação da Palavra de Deus? Sim. Mas biblicamente, há uma outra coisa que também faz parte da liderança de uma igreja saudável: presbíteros. 

Como pastor, eu oro para que Cristo levante na nossa congregação homens cujos dons espirituais e cuidado pastoral indiquem que Deus os chamou a serem presbíteros ou bispos (as palavras são usadas indistintamente na Bíblia; veja por exemplo, em Atos 20). Eu oro para que Deus faça crescer e capacite tais discípulos para o trabalho de supervisão pastoral da nossa congregação e para o seu ensino. Se ficar claro que Deus concedeu dons a certo homem na igreja, e se, depois de muita oração, a igreja reconhece seus dons, então ele deveria ser escolhido como um presbítero. 

Todas as igrejas tiveram indivíduos que executaram as funções de presbíteros, mesmo que lhes tenham chamado por outros nomes. O dois nomes usados pelo Novo Testamento para este ofício são episcopos (supervisor, bispo) e presbuteros (presbítero, ancião). Quando evangélicos ouvem a palavra "presbítero", muitos imediatamente pensam em "presbiteriano", contudo os primeiros congregacionalistas, no século XVI, ensinavam que o presbiterato era um dos ofícios em uma igreja neotestamentária. Presbíteros podiam ser encontrados nas igrejas batistas nos Estados Unidos ao longo do século XVIII e no século XIX. De fato, o primeiro presidente da Convenção Batista do Sul, W. B. Johnson, escreveu um tratado no qual ele pedia que a prática de ter uma pluralidade de presbíteros fosse reconhecida como bíblica e seguida em um número maior de igrejas batistas. O argumento de Johnson foi ignorado. Seja por desatenção para com a Bíblia, ou pela pressão da vida na fronteira onde as igrejas estavam crescendo a uma taxa surpreendente, a prática de cultivar tal liderança declinou. Mas a discussão em documentos batistas quanto a reavivar este ofício bíblico continuou. Até no início do século vinte, publicações batistas continuavam se referindo a líderes pelo título de "presbíteros".  

Batistas e presbiterianos tem tido duas diferenças básicas nas suas compreensões quanto aos presbíteros. Primeiro e fundamentalmente, batistas são congregacionalistas. Quer dizer, eles entendem que o discernimento final nos assuntos da igreja repousa não com os presbíteros em uma congregação (ou além dela, como no modelo presbiteriano), mas com a congregação como um todo. Então, batistas dão ênfase à natureza consensual de ação da igreja. Portanto, em uma igreja batista, os presbíteros e todas as outras comissões e comitês agem no que é, em última instância, uma capacidade aconselhadora para a congregação inteira. 

Uma nota adicional se faz necessária sobre a autoridade da congregação reunida. Nada diferente da congregação local reunida é o tribunal final de apelação sob Cristo. Sempre de novo no Novo Testamento, nós achamos evidência do que parecia ser uma forma primitiva de congregacionalismo. Em Mateus 18 quando Jesus estava ensinando os Seus discípulos sobre como confrontar o irmão pecador, o tribunal final não é o grupo de presbíteros, nem um bispo ou um papa, nem um conselho ou uma convenção. O tribunal final é a congregação. Em Atos 6, os apóstolos entregaram a decisão quanto aos diáconos para a congregação.  

Nas cartas de Paulo, também encontramos evidência desta suposição da responsabilidade final da congregação. Em 1 coríntios 5, Paulo não culpou o pastor, os presbíteros ou os diáconos, mas a congregação como um todo por tolerar o pecado. Em 2 Coríntios 2, Paulo refere-se ao que a maioria deles tinha feito disciplinando um membro errante. Em Galatás, Paulo conclamou as congregações para julgarem o ensino que eles estavam ouvindo. Em 2 Timóteo 4, Paulo não reprovou somente os falsos mestres, mas também aqueles que os pagavam para ensinar o que aqueles que tinham coceira nos ouvidos queriam ouvir. Os presbíteros lideram, mas eles assim fazem biblicamente e necessariamente dentro dos limites reconhecidos pela congregação. 

27 de agosto de 2013

Artigos - 9 Marcas De Uma Igreja Saudável - Marca 8

Marca 8 - Cuidado em Promover o Discipulado Cristão e o Crescimento 

Mark Dever

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Outra marca distintiva de uma igreja saudável é uma preocupação penetrante com o crescimento da igreja - não simplesmente com o crescimento numérico, mas com o crescimento pessoal dos membros. Algumas pessoas pensam que alguém pode ser um "bebê em Cristo" pela vida inteira. O crescimento é visto como um item opcional reservado para discípulos particularmente zelosos. Entretanto, crescimento é um sinal de vida. Árvores que crescem são árvores vivas, e animais que crescem são animais vivos. Crescimento envolve aumento e avanço. Em muitas áreas da nossa experiência do dia a dia, quando algo deixa de crescer, morre.  

Paulo esperava que os coríntios crescessem na sua fé Cristã (2 Coríntios 10:15). Os efésios, ele esperava, cresceriam “naquele que é o Cabeça, Cristo" (Efésios 4:15; cf. Colossenses 1:10; 2 Tessalonicenses 1:3). Pedro exortou alguns cristãos primitivos para que desejassem "como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação" (1 Pedro 2:2). É tentador para os pastores reduzirem suas igrejas a estatísticas controláveis de frequência, batismos, ofertas e membresia, nas quais o crescimento é tangível. Porém tais estatísticas ficam muito aquém do verdadeiro crescimento que Paulo descreve e que Deus deseja.

No seu Treatise Concerning Religious Affections (Tratado Relativo ás Afeições Religiosas), Jonathan Edwards sugeriu que o verdadeiro crescimento no discipulado cristão não é, em última instância, mera excitação, uso crescente de linguagem religiosa, ou o conhecimento crescente das Escrituras. Não é nem mesmo um evidente acréscimo em alegria ou em amor ou em interesse pela igreja. Até mesmo o aumento no zelo e no louvor a Deus e a confiança da própria fé não são evidências infalíveis do verdadeiro crescimento cristão. O que é então? De acordo com Edwards, enquanto todas essas coisas podem ser evidências de um verdadeiro crescimento cristão, o único sinal observável certo é uma vida de santidade crescente, arraigada na abnegação cristã. A igreja deveria ser marcada por uma preocupação vital com este tipo de piedade crescente nas vidas de seus membros.

Como vimos na sétima marca, uma das consequências não intencionais da negligência da igreja com a disciplina é o aumento da dificuldade em ver discípulos crescendo. Em uma igreja indisciplinada, os exemplos não são claros e os modelos são confusos. Nenhum jardineiro planta intencionalmente ervas daninhas. Ervas daninhas são, por si mesmas, indesejáveis, e elas podem ter efeitos nocivos sobre as plantas ao redor. O plano de Deus para a igreja local não nos permite deixar que as ervas daninhas fujam ao controle. 

Boas influências em uma comunidade de crentes podem ser ferramentas nas mãos de Deus para fazer o Seu povo crescer. Conforme o povo de Deus é edificado e cresce unido em santidade e no amor que se doa, deveria também melhorar sua habilidade de administrar a disciplina e encorajar o discipulado. A igreja tem a obrigação de ser um dos meios de Deus para o crescimento das pessoas na graça. Se, em vez disso, ela é um lugar onde só os pensamentos do pastor são ensinados, onde Deus é questionado mais do que adorado, onde o Evangelho é diluído e o evangelismo pervertido, onde a membresia da igreja é tornada sem sentido, e um culto mundano à personalidade é deixado crescer ao redor da pessoa do pastor, então dificilmente as pessoas podem esperar encontrar uma comunidade que é coesa ou edificante. Tal igreja certamente não glorificará a Deus. 

26 de agosto de 2013

Poema - ESTA NOITE EU VOU COMPOR UMA CANÇÃO



(CLAUDOMIRO A.A.)

"ESTA NOITE EU VOU COMPOR UMA CANÇÃO..."
UMA CANÇÃO DEDICADA AO SENHOR,
QUE TRAGA ALENTO A CADA CORAÇÃO,
E ENVOLVA CADA ESPÍRITO EM LOUVOR.

"ESTA NOITE EU VOU COMPOR UMA CANÇÃO..."
UMA CANÇÃO DE TERNURA E DE GLÓRIA.
QUE LEVE AOS CÉUS A MINHA GRATIDÃO,
E, TRAGA-ME A CADA DIA A VITÓRIA.

"ESTA NOITE EU VOU COMPOR UMA CANÇÃO",
QUE TIRE DE MIM A SOFREGUIDÃO,
E ILUMINE A MINHA ALMA COM SUA LUZ...

"ESTA NOITE EU VOU COMPOR UMA CANÇÃO..."
UMA CANÇÃO DE AMOR... ENTREGA... SOLIDÃO...
UMA CANÇÃO JÁ ESCRITA LÁ NA CRUZ...

IGUABA, RJ, 22 AGO 2013.  

(OBRIGADO SENHOR) 

****
É com muita satisfação que compartilho esse belo poema, pois tenho o prazer de ser amigo e irmão em Cristo Jesus do autor. Irmão Claudomiro, como é conhecido, com seus mais de 80 anos é um senhor digno de ser chamado servo de Deus pelos exemplos apresentados e seu grande testemunho de vida cristã. Que Deus o abençoe!!!

Filmes - Histórias Cruzadas




Tamanho: 998Mb
Gênero: Drama
Formato: Avi
Qualidade: BDrip
Audio: Português/Inglês
Legenda: S/L
Ano de Lançamento: 2011



SINOPSE

Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.
Histórias Cruzadas
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Análise dos Livros da Bíblia - Jeremias

Contém a biografia e a mensagem de "O Profeta Chorão".

PERÍODO
Os dias obscuros do reino de Judá, a partir do ano décimo terceiro de Josias (o último dos reis bons) até vários anos depois do cativeiro.

TEMAS PRINCIPAIS
A reincidência, a escravidão e a restauração dos judeus.

VIDA DE JEREMIAS
  • Sua família, cap. 1.1;
  • Seu nascimento, e sua eleição divina como profeta, cap. 1.5;
  • A chamada em sua juventude, nos dias do rei Josias, cap. 1.2-6;
  • Cheio do poder divino, cap. 1.9;
  • Sua comissão, cap. 1.10;
  • A promessa da presença divina, cap. 1.19;
  • Foi pressionado pelo dever, cap. 20.9;
  • Foi sustentado pela Palavra de Deus, cap. 15.16;
  • Sua perseguição, profetizada, cap. 1.19;
  • Foi colocado no cepo, cap. 20.2;
  • Também numa cisterna cheia de lama, cap. 38.6; e
  • Foi levado ao Egito, cap. 43.5-7.
 SINOPSE
  1. A chamada do profeta, cap. 1;
  2. Repreensões, advertências e promessas aos judeus, caps. 2-20;
  3. Denúncia de governantes e também de falsos pastores e falsos profetas, caps. 21-23;
  4. Predições dos juízos divinos, a destruição de Jerusalém e os setenta anos de cativeiro, caps. 25-29;
  5. Promessas de restauração dos judeus, caps. 30-33;
  6. Profecias ocasionadas pelos pecados de Zedequias e Jeoiaquim, caps. 34-39;
  7. A condição miserável do restante que ficou em Judá, e as profecias contra eles, caps. 40-44;
  8. A consolação a Baruque, cap. 45; e
  9. Profecias acerca das nações hostis, caps. 46-51.
A MENSAGEM
I - Alguns pontos importantes:
  • A fonte e a cisterna, cap. 2.13;
  • A indelével mancha do pecado, cap. 2.22;
  • Deus busca um homem, cap. 5.1;
  • As veredas antigas são melhores, cap. 6.16;
  • A oportunidade perdida, cap. 8.20;
  • O chamado com lágrimas ao arrependimento, cap. 9.1;
  • A depravação do coração humano, cap. 17.9;
  • O barro e o oleiro, cap. 18;
  • Os falsos pastores, cap. 23;
  • Como encontrar a Deus, cap. 29.13;
  • A nova aliança, cap. 31.31-34; e
  • A mutilação da Palavra de Deus, cap. 36.21-24.
II - Foi rejeitado:
  • Por seus vizinhos, cap. 11.19-21;
  • Por sua própria família, cap. 12.6;
  • Pelos sacerdotes e profetas, cap. 20.1-2;
  • Por seus amigos, cap. 20.10;
  • Por todo o seu povo, cap. 26.8; e
  • Pelo rei, cap. 36.23
Fonte: Bíblia de Referência Thompson

Artigos - 9 Marcas De Uma Igreja Saudável - Marca 7

Marca 7 - Disciplina Eclesiástica Bíblia

Mark Dever

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A sétima marca de uma igreja saudável é a prática regular da disciplina eclesiástica. Uma prática bíblica de disciplina eclesiástica dá significado a ser um membro de igreja. Embora tenha sido praticada pelas igrejas de forma generalizada desde os tempos de Cristo, nas últimas gerações a prática vem desaparecendo da vida regular da igreja evangélica. 

Nós, humanos, fomos originalmente criados para carregar a imagem de Deus, para sermos testemunhas do caráter de Deus à Sua criação (Gênesis 1:27). Assim, não é nenhuma surpresa que ao longo do Velho Testamento, conforme Deus formava um povo para Si, Ele os instruísse em santidade, para que o caráter deles se aproximasse melhor do Seu (veja Levítico 19:2; Provérbios 24:1, 25). Essa era a base para corrigir e excluir alguns até mesmo da comunidade, no Antigo Testamento (como em Números 15:30-31). E é também a base para amoldar a igreja do Novo Testamento (veja 2 Coríntios 6:14-7:1; 13:2; 1 Timóteo 6:3-5; 2 Timóteo 3:1-5). 

Entretanto, toda essa ideia parece ser muito negativa para as pessoas de hoje. Afinal de contas, nosso Senhor Jesus não proibiu o julgamento em Mateus 7:1? Certamente em certo sentido Jesus proibiu o julgamento em Mateus 7:1; mas naquele mesmo Evangelho, também muito claramente, Jesus nos conclama a repreender a outros por causa do pecado e até mesmo, em última instância, repreendê-los publicamente (Mateus 18:15-17; cf. Lucas 17:3). Portanto, seja o que for que Jesus pretendesse dizer proibindo o julgamento em Mateus 7:1, certamente Ele não pretendia lançar fora tudo o que está contido na palavra portuguesa "julgar". 

O próprio Deus é um Juiz. Ele o foi no Jardim do Éden, e nós permanecemos sob o seu justo juízo enquanto nos mantivermos em nossos pecados. No Antigo Testamento Deus julgou tanto nações como indivíduos e no Novo Testamento nós cristãos somos advertidos de que nossas obras serão julgadas (veja 1 Coríntios 3). Em amor Deus disciplina Seus filhos, e em ira Ele condenará os ímpios (veja Hebreus 12). É claro que, no último dia, Deus se revelará como Juiz definitivo (veja Apocalipse 20). Em todo esse julgamento, Deus nunca está errado, Ele é sempre justo (veja Josué 7; Mateus 23; Lucas 2; Atos 5; Romanos 9).

Para muitos, hoje, é surpreendente descobrir que Deus planeja que outros julguem também. Ao Estado é dada a responsabilidade de julgar (veja Romanos 13). Somos chamados a julgar a nós mesmos (veja 1 Coríntios 11:28; Hebreus 4; 2 Pedro 1:5). Também somos chamados a julgar uns aos outros na igreja (embora não do modo definitivo com que Deus julga). As palavras de Jesus em Mateus 18, de Paulo em 1 Coríntios 5-6, e muitas outras passagens claramente mostram que a igreja deve exercer julgamento internamente e que esse julgamento tem propósitos de redenção, não de vingança (Romanos 12:19). No caso do homem adúltero em Corinto e dos falsos mestres em Éfeso, Paulo disse que eles deveriam ser excluídos da igreja e deveriam ser entregues a Satanás de forma que eles pudessem ser melhor instruídos e suas almas pudessem ser salvas (veja 1 Coríntios 5; 1 Timóteo 1). 

Não é nenhuma surpresa que devamos ser ensinados a julgar. Afinal de contas, se nós não podemos dizer como um cristão não deve viver, como poderemos dizer como ele ou ela deve viver? Uma das minhas preocupações em relação aos programas de discipulado de muitas igrejas é que eles estão como que vertendo água em baldes furados - toda a atenção se volta ao que é vertido, sem preocupação sobre como é recebido e mantido.

Um escritor do movimento de crescimento de igrejas resumiu recentemente a sua recomendação para ajudar uma igreja a crescer: "Abra a porta da frente e feche a porta dos fundos." Com isso ele quer dizer que nós deveríamos trabalhar para tornar a igreja mais acessível às pessoas e fazer um melhor trabalho de acompanhamento. As duas metas são boas. Entretanto, a maioria dos pastores de hoje já desejam ter igrejas com tais portas da frente abertas e portas dos fundos fechadas. Por outro lado, tentar seguir um modelo bíblico deveria nos conduzir a seguinte estratégia: "Feche a porta da frente e abra a porta dos fundos." Em outras palavras, torne mais difícil unir-se à igreja por um lado, e mais fácil ser excluído, por outro. Tais ações ajudarão a igreja a recuperar sua cativante e divinamente planejada distinção do mundo. 

25 de agosto de 2013

Bíblia em Áudio MP3 - Apocalipse

O blog Massoreticos disponibiliza para download os livros do "Novo Testamento em Áudio MP3" versão King James. Uma excelente ferramenta para àqueles que tem dificuldade na leitura. 

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Apocalipse

Artigos - 9 Marcas De Uma Igreja Saudável - Marca 6

Marca 6 - Uma Compreensão Bíblia quanto à Membresia da Igreja

Mark Dever

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Há um sentido em que o que nós conhecemos hoje como "membresia de igreja" não é bíblico. Não temos nenhum registro de um cristão do primeiro século que vivia, por exemplo, em Jerusalém Central e aí precisasse decidir se deveria se envolver com uma assembléia particular de cristãos em vez de alguma outra. Até onde podemos perceber, não havia troca-troca de igrejas porque só havia uma igreja em uma determinada comunidade. Nesse sentido, não sabemos de nenhum rol de membros de igreja no Novo Testamento. Mas existem listas de pessoas ligadas de alguma forma à igreja no Novo Testamento. Temos tanto as listas de viúvas sustentadas pela igreja (1 Timóteo 5) quanto os nomes escritos no Livro da Vida do Cordeiro (Filipenses 4:3; Apocalipse 21:27). E há passagens no Novo Testamento que apontam para definição e limites claros à membresia de uma igreja. As igrejas sabiam quem compunha o seu rol de membros. Por exemplo, as cartas de Paulo para a igreja de Corinto mostram que alguns indivíduos seriam excluídos (por exemplo, 1 Coríntios 5) e que alguns seriam incluídos (por exemplo, 2 Coríntios 2). Nesse segundo exemplo, Paulo menciona até mesmo uma "maioria" das pessoas (2 Coríntios 2:6) que são citadas como tendo infligido a “punição" de exclusão da igreja. Essa "maioria" só poderia estar se referindo a uma maioria do grupo das pessoas que foram reconhecidas como membros da igreja.


A prática da membresia de igreja entre cristãos desenvolveu-se como uma tentativa para nos ajudar a perceber um ao outro em responsabilidade e amor. Identificando-nos com uma igreja particular, permitimos que os pastores e demais membros daquela igreja local saibam que nós pretendemos manter um compromisso na frequência, na oferta, na oração e no serviço. Nós ampliamos as expectativas de outros em relação a nós mesmos nessas áreas, e tornamos claro que estamos sob a responsabilidade desta igreja local. Nós asseguramos a igreja quanto ao nosso compromisso com Cristo ao servir com eles, e pedimos o compromisso deles quanto a nos servir em amor e nos encorajar em nosso discipulado. 

Neste sentido, a membresia é uma idéia bíblica. Dentre outras coisas, procede do uso que Paulo faz da imagem do corpo para a igreja local. Procede de Cristo nos salvando por Sua graça e colocando-nos nas igrejas para servi-lO em amor enquanto servimos uns aos outros. Procede de nossas obrigações mútuas expressas nas passagens das Escrituras que falam sobre "juntos" e "uns aos outros". Tudo isso está encapsulado no pacto de uma igreja saudável.

Não deveria ser nenhuma surpresa que quando se traz a visão quanto ao evangelismo, conversão e Evangelho para mais para perto da Bíblia há implicações quanto à forma como se concebe a membresia de igreja. Quando isso ocorre começamos a ver a membresia menos como uma ligação frouxa eventualmente útil e mais como uma responsabilidade regular que envolve as vidas uns dos outros para o progresso do evangelho.

Não é nada incomum haver um abismo entre o rol de membros de uma igreja e o número de pessoas ativamente envolvidas. Imagine uma igreja de 3.000 membros com uma freqüência regular de apenas 600. Temo que, infelizmente, muitos pastores evangélicos hoje se orgulham mais da membresia declarada do que se incomodam com a baixa freqüência. De acordo com um recente estudo da Convenção Batista do Sul, isto é normal nas igrejas da denominação. A igreja batista do sul típica tem 233 membros e 70 pessoas no culto dominical matutino. Será que a nossa igreja está em melhor estado? Que congregações têm orçamentos que igualam – para não dizer excedem - 10% das rendas anuais combinadas dos seus membros?

Com exceção dos casos em que há limitações físicas que impedem a frequência ou problemas financeiros que impedem a oferta, esta situação não sugere que a membresia vem sendo apresentada como não necessariamente requerendo envolvimento? Afinal o que este número de membros significa? Números escritos podem tornar-se ídolos tão facilmente quanto imagens esculpidas - talvez até mais facilmente. Entretanto será Deus que um dia avaliará nossas vidas, e Ele verificará o peso do nosso trabalho, creio eu, em vez de contar nossos números. Se a igreja é um edifício, então nós devemos ser tijolos nele; se a igreja é um corpo, então nós somos seus membros; se a igreja é a família da fé, presume-se que nós fazemos parte dessa família. Ovelhas permanecem no rebanho, e ramos na videira. Biblicamente, se uma pessoa é cristã ela precisa ser membro de uma igreja. Deixando os aspectos particulares de lado - se o rol de membros é mantido em fichários ou em discos de computador – o certo é que não devemos deixar de congregar-nos (Hebreus 10:25). Esta condição de membro não é um simples registro de uma declaração que fizemos uma vez no passado ou o apego a um lugar familiar. Deve ser o reflexo de um compromisso vivo, ou então é inútil e até mesmo pior que inútil: é uma condição perigosa.

24 de agosto de 2013

Bíblia em Áudio MP3 - Judas

O Blog Massoreticos  disponibiliza para download os livros do "Novo Testamento em Áudio MP3"  versão King James. Uma excelente ferramenta para àqueles que tem dificuldade na leitura.

Artigos - 9 Marcas De Uma Igreja Saudável - Marca 5

Marca 5 - Uma Compreensão Bíblica quanto ao Evangelismo

Mark Dever

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Revisando, consideramos até agora entre as marcas que caracterizam uma igreja saudável: a pregação expositiva, a teologia bíblica, uma compreensão bíblica do evangelho e da conversão. Uma forma de mensurar o quão importantes estas coisas são é considerar quais são as conseqüências para as congregações que as perdem. Os sermões podem facilmente tornar-se repetições de verdades há muito conhecidas. O cristianismo pode tornar-se indistinguível da cultura secular circunvizinha. O evangelho pode ser transformado em pouco mais do que auto-ajuda espiritual. A conversão pode-se degenerar de um ato de Deus a uma mera decisão humana. Mas tais congregações - com pregação superficial, pensamento secular, e um evangelho egocêntrico que encorajam pouco mais que uma única confissão verbal de Cristo (freqüentemente distorcendo Romanos 10:9) - não têm como proclamar adequadamente as tremendas novas da salvação em Cristo.

Para todos os membros de uma igreja, mas particularmente para os líderes que têm o privilégio e a responsabilidade de ensinar, uma compreensão bíblica do evangelismo é crucial. É evidente que a forma como alguém compartilha o evangelho está intimamente ligada à forma como essa pessoa entende o evangelho. Se sua mente foi moldada pela Bíblia quanto a Deus e o evangelho, quanto à necessidade humana e a conversão, então um entendimento correto sobre o evangelismo seguirá naturalmente. Nós deveríamos estar mais preocupados em conhecer e ensinar o próprio evangelho do que simplesmente tentar ensinar às pessoas métodos e estratégias para compartilhá-lo.

Biblicamente, evangelismo é apresentar abertamente as boas novas cofiando em Deus para converter as pessoas (veja Atos 16:14). "Ao SENHOR pertence a salvação" (Jonas 2:9; cf. João 1:12-13). Qualquer tentativa nossa de forçar nascimentos espirituais será tão efetiva quanto Ezequiel tentando costurar os ossos secos, ou Nicodemos tentando dar à luz a si mesmo. E o resultado será semelhante.

Se a conversão for entendida como apenas um compromisso sincero feito uma única vez, então nós devemos conduzir todas as pessoas àquele ponto de confissão verbal e de compromisso por todos os meios que pudermos utilizar. Biblicamente, entretanto, ainda que seja correto importar-se, conclamar, e persuadir, nosso principal dever é ser fiel à obrigação que temos diante de Deus que é de apresentar as mesmas Boas Novas que Ele nos deu. Deus produzirá conversões a partir da nossa apresentação destas Boas Novas (veja João 1:13; Atos 18:9-10).

É encorajador como novos cristãos parecem freqüentemente ter uma consciência inata da natureza graciosa da sua salvação. Provavelmente você ouviu testemunhos, até mesmo nas últimas semanas ou meses, que o lembram que a conversão é obra de Deus. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." (Efésios 2:8-9)

Se a membresia de uma igreja for visivelmente maior que sua frequência, deve-se perguntar: Esta igreja tem uma compreensão bíblica da conversão? Além disso, deveríamos perguntar que tipo de evangelismo foi praticado que resultou em um número tão grande de pessoas não envolvidas na vida da igreja, e ainda considerando-se seriamente a membresia deles como uma boa evidência de salvação? A igreja contestou essa situação de alguma forma, ou pareceu perdoar esta situação através de um conveniente silêncio? Disciplina eclesiástica bíblica faz parte do evangelismo da igreja.

Em meu próprio evangelismo, eu procuro transmitir três coisas às pessoas sobre a decisão que eles têm que tomar sobre o Evangelho:
  • primeiro, a decisão é custosa (por isso deve ser considerada cuidadosamente, veja Lucas 9:62); 
  • segundo, a decisão é urgente (por isso deve ser tomada, veja João 3:18, 36);  
  • terceiro, a decisão vale a pena (por isso deveria ser tomada, veja João 10:10).
Este é o equilíbrio que nós deveríamos nos esforçar para ter em nosso evangelismo junto à nossa família e nossos amigos. Este é o equilíbrio que nós deveríamos nos esforçar para ter em nosso evangelismo na igreja como um todo. Há uma série de recursos impressos excelentes sobre evangelismo.

Para considerar a conexão íntima entre a nossa compreensão do evangelho e os métodos evangelísticos que usamos, recomendo o livro de Will Metzger: Tell the Truth (Diga a Verdade) da Inter-Varsity Press, e os livros de Iain Murray: The Invitation System (O Sistema de Apelo) e Revival and Revivalism (Reavivamento e Reavivalismo) da Banner of Truth Trust.

Portanto, outra marca de uma igreja saudável é uma compreensão bíblica e prática do evangelismo. O único verdadeiro crescimento é o crescimento que vem de Deus.

Fonte: Bom Caminho  Divulgação: Massoreticos 

23 de agosto de 2013

Livros - Destino Final - Willian MacDonald

Cedo ou tarde, toda pessoa que raciocina ficará curiosa em saber para onde irá depois da morte e onde passará a eternidade.

Ao buscar respostas para as questões mais importantes da vida, a escolha se reduz a duas possibilidades: a opinião humana ou a Palavra de Deus. É o que as pessoas supõem ou o que Deus diz.

Em questão de vida ou morte a autoridade precisa ser infalível. Não pode haver margem de erro. A opinião humana certamente não está qualificada para nos dar as respostas. Assim como os rotos das pessoas são tão diferentes, assim também suas opiniões.

Somente a Bíblia, a Palavra de Deus, é infalível. 

Tome alguns minutos para ler este livreto, e você encontrará respostas para essas perguntas. 

 
Fonte: Destino Final  Divulgação: Massoreticos