por Dario de Araújo Cardoso
Esta é uma série de postagens sobre como
pregar a Cristo no Antigo Testamento. Muitos tem pregado de forma errada
usando o Velho Testamento para pregações moralistas ou de auto-ajuda.
Pregador, quer aprender a pregar com base no Antigo Testamento? Esta
série de postagem lhe dará uma boa introdução.
[ Parte 1 ] [ Parte 2 ] [ Parte 3 ] [ Parte 4 ] [ Parte 5 ] [ Parte 6 ] [Parte 7 ] [ Parte 8 ] [Parte 9 ] [ Parte 10 ]
Encerramos hoje esta preciosa série sobre como pregar a Cristo no Antigo Testamento, com a conclusão de Dario de Araújo Cardoso:
Os estudos de Greidanus e Chapell tornam imperativo aos pregadores
evangélicos o dever de reavaliar teologicamente a hermenêutica aplicada à
preparação de sermões. O ensino bíblico apostólico e os personagens da
ortodoxia eclesiástica, como Lutero, Calvino e Spurgeon, ensinam a
necessidade do reconhecimento da centralidade de Jesus Cristo, sua
pessoa, obra e ensino em todas as passagens da Escritura e não somente
naquelas especificamente consideradas messiânicas. No que tange à
pregação biográfica esse dever torna-se urgente uma vez que a
hermenêutica exemplarista, quase que universalmente aplicada a esses
sermões, mostra-se antropocêntrica, desvia o pregador e sua congregação
do foco e do propósito da Escritura, despreza a unidade histórica da
redenção e banaliza as porções bíblicas equiparando-as a qualquer outro
livro histórico ou religioso. Além disso, falseia o ensino cristão
estabelecendo paralelos inconsistentes, e até mesmo errôneos, entre os
personagens bíblicos e os ouvintes da atualidade, refugiando-se na
moralização, na espiritualização e na tipologização para atribuir
relevância aos relatos bíblicos. Por isso, o retorno à centralidade de
Deus em Cristo, de modo especial nos sermões biográficos, é uma
exigência que não pode ser desprezada sem que grandes
prejuízos continuem a ser impostos à pregação cristã da atualidade. Como
foi visto, o método cristocêntrico-redentor do professor Greidanus é
uma alternativa viável para o cumprimento dessa exigência, visto que
mantém o zelo pela interpretação literária e histórica preconizada pelo
método gramático-histórico de interpretação, ao mesmo tempo em que
desafia o pregador a considerar teologicamente a mensagem do texto no
âmbito da história da redenção, objeto da revelação bíblica, e de seu
centro e plenitude, Jesus Cristo. A partir de então, o pregador estará
preparado para anunciar fielmente o ensino do texto bíblico e aplicá-lo
com segurança à realidade de seus ouvintes.
Fonte: Voltemos ao Evangelho Divulgação: Massoreticos
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