6 de agosto de 2013

Artigo - Pregando Cristo no Antigo Testamento (10)

por Dario de Araújo Cardoso 

Esta é uma série de postagens sobre como pregar a Cristo no Antigo Testamento. Muitos tem pregado de forma errada usando o Velho Testamento para pregações moralistas ou de auto-ajuda. Pregador, quer aprender a pregar com base no Antigo Testamento? Esta série de postagem lhe dará uma boa introdução.

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Encerramos hoje esta preciosa série sobre como pregar a Cristo no Antigo Testamento, com a conclusão de Dario de Araújo Cardoso:

Os estudos de Greidanus e Chapell tornam imperativo aos pregadores evangélicos o dever de reavaliar teologicamente a hermenêutica aplicada à preparação de sermões. O ensino bíblico apostólico e os personagens da orto­doxia eclesiástica, como Lutero, Calvino e Spurgeon, ensinam a necessidade do reconhecimento da centralidade de Jesus Cristo, sua pessoa, obra e ensino em todas as passagens da Escritura e não somente naquelas especificamente consideradas messiânicas. No que tange à pregação biográfica esse dever torna-se urgente uma vez que a hermenêutica exemplarista, quase que universalmente aplicada a esses sermões, mostra-se antropocêntrica, desvia o pregador e sua congregação do foco e do propósito da Escritura, despreza a unidade histórica da redenção e banaliza as porções bíblicas equiparando-as a qualquer outro livro histórico ou religioso. Além disso, falseia o ensino cristão estabelecendo paralelos inconsistentes, e até mesmo errôneos, entre os personagens bíblicos e os ouvintes da atualidade, refugiando-se na moralização, na espiritualização e na tipologização para atribuir relevância aos relatos bíblicos. Por isso, o retorno à centralidade de Deus em Cristo, de modo especial nos sermões biográficos, é uma exigência que não pode ser desprezada sem que grandes prejuízos continuem a ser impostos à pregação cristã da atualidade. Como foi visto, o método cristocêntrico-redentor do professor Greidanus é uma alternativa viável para o cumprimento dessa exigência, visto que mantém o zelo pela interpretação literária e histórica preconizada pelo método gramático-histórico de interpretação, ao mesmo tempo em que desafia o pregador a considerar teologicamente a mensagem do texto no âmbito da história da redenção, objeto da revelação bíblica, e de seu centro e plenitude, Jesus Cristo. A partir de então, o pregador estará preparado para anunciar fielmente o ensino do texto bíblico e aplicá-lo com segurança à realidade de seus ouvintes.

Fonte: Voltemos ao Evangelho  Divulgação: Massoreticos

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