22 de outubro de 2013

Artigos - Ciência e cristianismo são compatíveis?

Ciência e cristianismo são compatíveis?

O ateu Richard Dawkins da Oxford e o líder geneticista Francis Collins debateram este tema de Deus versus Ciência em um artigo da revista Time.[1] A questão foi se as crenças na Ciência e em Deus eram compatíveis.

Dawkins, autor de Deus, um Delírio, argumenta que a crença em Deus é insignificante perante as novas descobertas científicas. Collins, um cristão que liderou 2400 cientistas no mapeamento do código genético humano, tem uma visão diferente e diz que crer ao mesmo tempo em Deus e na ciência é totalmente sensato.

Apesar de a Bíblia claramente declarar que Deus criou o universo, ele não revela nada sobre como Ele fez isto. Contudo ela indica que Deus é racional e influenciou de maneira profunda e pessoal cientistas como Copérnico, Galileu, Pascal e Faraday.  Suas crenças de que o mundo foi criado por um Deus sensato lhes deu confiança na observação e experimentação científica.

Como cristãos, esses cientistas acreditavam em um Criador onipotente e onisciente que, apesar de não estar limitado pelas leis da natureza, escolheu usá-las no universo. Esses homens e mulheres brilhantes eram fascinados pelo mundo à nossa volta e buscaram descobrir os mistérios por trás do que reconheciam como a criação de Deus.

Jesus e a Criação

As testemunhas oculares de Jesus contam que ele demonstrava continuamente poder criativo sobre as leis da natureza. O Novo Testamento nos diz que antes de Jesus tornar-se um homem, ele possuía uma existência eterna como o Pai nos céus. De fato, o autor de Hebreus e os apóstolos João e Paulo escrevem de Jesus como o Criador. Paulo diz aos Colossenses:
“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” Colossenses 1:15-17 NVI
Quando Paulo disse que “ele [Jesus ] é antes de todas as coisas”, ele fez uma declaração que não possuía embasamento científico na época. De fato, os cientistas achavam que a matéria sempre havia existido em uma forma ou outra.

Os materialistas argumentavam que se a matéria sempre existiu, nunca houve uma criação. E isso levou o ateu Carl Sagan a declarar na TV internacional que “o cosmos é tudo o que jamais existiu ou existirá”.[2]

A visão materialista do mundo de Sagan e a visão cristã do mundo não podem ambas estar certas. A questão é: a ciência esclareceu nossas origens? Então, em quem devemos acreditar? E foi esta a questão enfrentada pelo jovem Jeff Smith de apenas dezessete anos.

Jeff estava confuso. No acampamento ele ouviu que Jesus Cristo oferece perdão pelos pecados e vida eterna. Além disso, ele descobriu que Jesus nos projetou para ter uma vida com significado, propósito e esperança. Pela primeira vez na vida Jeff sentiu como se entendesse o porquê de estar aqui na Terra. Ele queria perdão para seus pecados, queria que sua vida tivesse significado e propósito.

Mas Jeff lutava intelectualmente. Ele queria acreditar que Jesus era real, mas ele amava a ciência. Ele pensava “será que é possível acreditar tanto na criação quanto na ciência?”.

Para Jeff e outros que querem acreditar tanto em Deus quanto na ciência, temos boas notícias. Nas últimas décadas, um crescente número de cientistas líderes falaram publicamente sobre incríveis novas evidências que suporta a visão bíblica da criação. E muitos desses cientistas não possuem fé pessoal em Deus.  

Então, qual é esta evidência que fez com que tantos cientistas repentinamente falassem de um Criador? Para responder a essas questões precisamos abordar as descobertas recentes da astronomia e biologia molecular, deixando que as evidências falem por si mesmo. [Para um estudo mais aprofundado, leia os artigos em www.y-Origins.com]

Início único

Ao longo de toda a história da humanidade, o homem observou com admiração as estrelas, perguntando-se o que eram e como chegaram até lá. Apesar de em uma noite clara serem visíveis apenas cerca de 6 mil estrelas, trilhões delas espalham-se por bilhões de galáxias.

Contudo, antes do século 20, muitos cientistas acreditavam que nossa galáxia Via Láctea fosse o universo completo, e que existiam apenas certa de 100 milhões de estrelas. O ponto de vista que prevalecia mesmo na época é que nosso universo material sempre existiu.


Porém, no início do século 20, o astrônomo Edwin Hubble descobriu que o universo de fato teve um início. E um início deixa implícito um “iniciador”, conforme firmemente indicado na Bíblia. Materialistas interessados como Sir Fred Hoyle rejeitaram a ideia de um início único, chamando a explosão sarcasticamente de um “big bang” (grande boom). Contudo, a evidência de um início continuou a se fortalecer. Por fim, em 1992, os experimentos do satélite COBE provaram que o universo de fato teve um início único.[3] Os descrentes foram silenciados com evidências irrefutáveis. Por falta de um nome melhor, este início tornou-se conhecido pelo nome sagrado de “o big bang”. (veja “De volta ao início”)

Muitos cientistas perceberam que esta descoberta era semelhante com o relato do início em Gênesis. Além disso, perceberam que antes da criação nem matéria nem energia poderiam ter existido. Assim sendo, após muitos anos de crenças erradas, a ciência veio a concordar com a Bíblia que tudo veio do nada.

Alguns cientistas viam um grande problema nesta confirmação da Bíblia e buscaram outras explicações. Contudo, nem todos pensam da mesma forma. O agnóstico George Smoot, cientista ganhador do Prêmio Nobel e encarregado do experimento COBE, admite:

“Não existem dúvidas de que há um paralelo entre o big bang como evento e a noção cristã de criação a partir do nada”.[4]
Os experimentos COBE e teoremas de Einstein confirmaram uma criação única do universo, um fato que a Bíblia havia sustentado por mais 3500 anos.

Ajustado para a vida

Já foi difícil para os materialistas aceitarem a evidência de um evento de criação único. Mas descobertas ainda mais surpreendentes sobre o universo surgiriam.

Os cientistas calcularam que para que a vida existisse, cada uma das leis da natureza deveria estar precisamente ajustada. Em outras palavras, a gravidade e outras forças naturais deveriam ter uma medida dentro de parâmetros bem restritos ou o universo não poderia existir. Caso a força da criação fosse mais fraca, a gravidade teria puxado para a matéria de volta para uma “grande trituração”. Caso fosse mais forte, as estrelas e galáxias não teriam sido formadas.

Da mesma maneira, nosso sistema solar e planeta também precisavam estar no local exato para existirem. Por exemplo, todos entendemos que sem uma atmosfera de oxigênio, nenhum de nós poderia respirar. E sem oxigênio, a água não existiria. Sem a água não haveria chuva e colheitas. Outros elementos como hidrogênio, nitrogênio, sódio, carbono, cálcio e fósforo também são essenciais para a vida.

O tamanho e natureza do nosso planeta, do sol e da lua também precisaram ser exatos. E existem y-origins.com que precisavam ser detalhadamente ajustadas ou não estaríamos aqui para pensar sobre isso.[5] 

Os cientistas que acreditavam em Deus podem ter esperado tal necessidade de exatidão, mas os que não possuem fé não foram capazes de explicar essas incríveis “coincidências”. O físico teórico Stephen Hawking, um agnóstico, escreve:
“O fato incrível é que os valores desses números parecem ter sido ajustados com muita exatidão para tornar possível o desenvolvimento da vida”.[6]
Os cientistas avaliaram a probabilidade de tal ajuste assombroso ter sido acidental. Os estatísticos sabem que mesmo tiros às cegas podem acertar o alvo. Então, qual é a probabilidade contra a existência de vida por puro acaso? De acordo com a maioria dos cientistas, as chances de nós estarmos aqui por puro acaso é impossível.

Os cosmologistas compararam as probabilidades contra a vida ocorrer por acidente os as de atirar uma flecha da Terra em um pequeno alvo em Plutão e acertar na mosca. Imagine a engenharia necessária para que tal façanha fosse possível. Tal probabilidade seria comparável com ganhar mais de cem loterias comprando apenas um tíquete de cada uma. Impossível — a menos que este resultado fosse arranjado por alguém nos bastidores. E é isso que muitos cientistas vêm concluindo — que alguém nos bastidores projetou e criou o universo.

Essa probabilidade incrível está muito além de qualquer acaso. Essa nova compreensão do universo levou cientistas como George Greenstein a perguntar:
“É possível que repentinamente, sem intenção, tenhamos nos deparado com a prova científica da existência de um ser supremo?”.[7]
Alguns materialistas tentaram explicar o ajuste do universo como sorte. Contudo, outros têm sido mais abertos para o realismo. Sir Fred Hoyle, agnóstico convicto, ficou surpreso com a evidência de um Criador, e declarou:
“Uma interpretação de bom senso dos fatos sugere que um superintelecto brincou com a física, bem como com a química e biologia, e que não existem forças ocultas dignas de nota na natureza”.[8]
Einstein chegou à mesma conclusão. Apesar de não ter sido religioso e não acreditar em um Deus pessoal, Einstein ponderou sobre o gênio por trás do universo, chamando-o de “uma inteligência tão superior que, comparada com ela, todo o pensamento sistemático e atitudes dos seres humanos é uma reflexão infinitamente insignificante”.[9] 

Os cientistas continuaram a procurar uma explicação para o que poderia estar por trás da criação do universo. Mas quanto mais fundo cavavam, mais abismados ficavam com a origem inexplicável do nosso universo e seus incríveis ajustes.

DNA: A linguagem da vida

Apesar de a Bíblia nos dizer que Jesus criou toda a vida, não diz nada sobre como Ele o fez. Contudo, alguns dos mistérios da criação estão sendo descobertos.

Por exemplo, na metade do século passado, os cientistas descobriram que uma pequena molécula chamada DNA é o “cérebro” por trás de cada célula do nosso corpo e de todos os outros seres vivos. Quando mais descobriam sobre o DNA, mais abismados ficavam com o esplendor por trás dele.

Apesar de os evolucionistas acreditarem que o DNA desenvolveu-se através da seleção natural, eles não têm ideia de como uma molécula tão intrincada e complexa pode ter sido iniciada por puro acaso. A intrincada complexidade do DNA fez com que seu co-descobridor, Francis Crick, acreditasse que este nunca poderia ter sido originado na terra de forma natural. Crick, um evolucionista que acreditava que a vida era tão complexa que deve ter vindo do espaço sideral, escreveu:
“Um homem honesto armado de todo o conhecimento disponível a nós até agora, só poderia dizer que de certa maneira a origem da vida parece, no momento, ser quase um milagre, de tantas serem as condições necessárias para sua existência”.[10]
O código por trás do DNA revela tal inteligência que atordoa a imaginação. Uma mera ponta de alfinete de DNA contém informação equivalente a uma pilha de livros suficiente para circundar a Terra 5 mil vezes. E o DNA opera como uma linguagem com seu próprio código de software extremamente complexo. O fundador da Microsoft Bill Gates diz que o software do DNA é “muito mais complexo do que qualquer software já desenvolvido”.[11] 

Os materialistas acreditam que toda essa complexidade originou-se através da seleção natural. Contudo, conforme declarado por Crick, a seleção natural não poderia ter produzido a primeira molécula. Visto que nenhum processo científico, incluindo a seleção natural, pode explicar a origem do DNA, muitos cientistas acreditam que este deve ter sido projetado.

É compreensível para os cristãos ver o DNA como evidência de um Criador. Mas para um ateu renomado mudar de opinião após 50 anos de discursos e debates contra Deus seria um evento de implicações sísmicas, especialmente para os materialistas.

Ainda assim, foi exatamente isso que aconteceu com professor de filosofia Antony Flew. Após proclamar o ateísmo em salas de aula da universidade, livros e discursos por cinquenta anos, o ateísmo de Flew encerrou-se abruptamente quando ele descobriu a inteligência por trás do DNA. Flew explica por que ele não é mais um ateu:
“Penso que o DNA veio para mostrar que uma inteligência deve estar envolvida na união extraordinária desses elementos distintos. A enorme complexidade pela qual os resultados foram obtidos me parece o trabalho de uma inteligência superior… Agora parece-me que as descobertas de mais de cinquenta anos de pesquisa de DNA forneceram material suficiente para a criação de um novo e incrivelmente poderoso argumento”.[12]
Apesar de Flew não ser um cristão, ele admite agora que o “software” por trás do DNA é complexo demais para originar-se sem um “desenvolvedor”. E Flew não está sozinho. As descobertas da incrível inteligência por trás no DNA convenceram muitos antes agnósticos e ateus de que a vida no nosso universo não é um acidente.

Impressões digitais de um desenvolvedor

Em resumo, três descobertas científicas recentes convenceram muitos cientistas de que um Desenvolvedor inteligente havia planejado e criado nosso universo:
  1. O início do universo e suas leis
  2. O ajuste incrível das leis da natureza que tornam a vida possível
  3. A complexidade intrincada do DNA
E o que os cientistas líderes estão dizendo sobre essas notáveis descobertas? Stephen Hawking, reconhecido como um dos maiores físicos teóricos do mundo, pergunta:
O que é isso que cospe fogo nas equações e cria um universo para elas descreverem? A abordagem normal da ciência de construir um modelo matemático não pode responder questões como o porquê de existir um universo para ser descrito por tal modelo.[13]
Em reflexão mais profunda, Hawking declara: “Deve haver alguma conotação religiosa. Mas penso que a maioria dos cientistas prefere ignorar esse lado religioso”.[14] E mesmo que muitos cientistas de fato ignorem as implicações religiosas dessas novas descobertas, um número crescente agora admite que as impressões digitais de um Desenvolvedor estão aparecendo.  (Veja o que os maiores cientistas têm dito: http://www.y-origins.com)

O fato de que muitos cientistas têm falado abertamente de Deus não significa que todos os materialistas como Flew estão descartando suas opiniões ateias. De fato, muitos como Richard Dawkins têm se tornado ainda mais agressivos contra a fé em Deus. Ainda assim, ao observar objetivamente a evidência com relação à origem do universo e a complexidade intrincada do DNA, mesmo muitos cientistas não cristãos admitem que a evidência de “impressões digitais” de um Desenvolvedor está em foco.

O Dr. Robert Jastrow é um desses cientistas. Jastrow é um físico teórico que juntou-se à NASA quando esta foi formada em 1958. Ele ajudou a estabelecer as metas científicas para a exploração da lua durante as aterrissagens lunares do Apolo. Ele abriu e dirigiu o Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NADA, que conduziria as pesquisas de astronomia e ciência planetária. Jastrow, um agnóstico, escreveu esses pensamentos que refletem a visão de muitos cientistas:

“Para o cientista que sempre viveu pela fé no poder da razão, o fim dessa história parece um pesadelo. Ele escalou as montanhas da ignorância. ele está prestes a conquistar o pico mais alto. quando ele ergue-se sobre a última rocha, é saudado por um bando de teólogos que estavam sentados lá por séculos”. [15] 

Como agnóstico, Jastrow não possui nenhum objetivo cristão nessas conclusões. Ele simplesmente declara que a visão bíblica da criação única do universo finalmente foi confirmada pela ciência. E esse “início” não foi uma explosão casual, mas sim um evento desenvolvido com precisão que tornou a vida humana possível. Esta conclusão combina perfeitamente com a declaração bíblica de que “no início Deus criou os céus e a terra”.

Se a Bíblia estiver certa, e Deus de fato existe, como podemos saber como Ele é? Ele comunicou-se conosco pessoalmente? As testemunhas de Jesus Cristo nos dizem que ele dizia representar o Deus verdadeiro. E apesar de muitos outros declararem falar por Deus, os seguidores de Jesus nos dizem que ele comprovou suas declarações.

Mas Jesus nos deu provas de que ele falava por Deus? Ele supostamente realizou coisas milagrosas que requerem poder de criação. Contudo, o milagre mais dramático de todos foi sua ressurreição dos mortos. Ninguém na nossa história jamais morreu, ficou enterrado por três dias e retornou à vida. E for verdade, Jesus Cristo provou com ampla evidência que suas palavras de fato eram as palavras de Deus.

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Fonte: Y-Jesus  Divulgação: Massoreticos

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